Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O Ministério da Educação e as câmaras municipais de Santa Catarina do Fogo e São Domingos assinaram, hoje, um contrato-programa que visa a reabilitação e remodelação das infra-estruturas do ensino básico destes concelhos.
O protocolo foi rubricado, na Cidade da Praia, pelo director-geral de Planeamento e Orçamento e Gestão do Ministério da Educação, José Marques, e pelos presidentes da Câmara Municipal de São Domingos e de Santa Catarina do Fogo, Clemente Garcia e Alberto Nunes, respectivamente.
Na ocasião, o edil de Santa Catarina do Fogo disse que esta parceria vem em boa hora, afirmando, que a iniciativa representa o “início de um processo importante que vai melhorar as condições de aprendizagem dos alunos” da escola básica de Cova Figueira.
“Tendo em conta a qualidade da escola que possui oito salas de aula, uma placa desportiva, vamos trabalhar para criar condições para quando os alunos regressarem às aulas encontrem uma escola igual as outras que nós já reabilitamos”, disse Alberto Nunes.
Entretanto, avançou, que autarquia está a trabalhar no sentido de mobilizar mais financiamento para a concretização do programa de reabilitação, explicando, por outro lado, que o valor de 5.900 contos disponibilizado pelo ministério “é insuficiente”.
Adiantou, ainda que a câmara de Santa Catarina do Fogo está empenhada em assumir o compromisso na criação de bibliotecas modernas nas escolas, que, conforme explicou, serão dotadas de livros e publicações modernas que incentivem os professores e alunos na promoção da educação como um factor de desenvolvimento.
“O que nós estamos a fazer é levar para o município livros e publicações recentes, isto porque, investindo nas pessoas desde criança teremos uma sociedade que no fundo almejamos, ou seja, uma sociedade activa, contribuindo para o desenvolvimento que o país precisa neste momento”, sublinhou.
Por seu lado, o presidente da câmara de São Domingos, Clemente Garcia, asseverou, que este financiamento “vai resolver as preocupações a nível educacional no seu município”, frisando, que, neste momento, as escolas locais não aspiram segurança aos alunos devido a falta de condições.
De acordo com o autarca, o protocolo prevê a reabilitação das escolas básicas de Ribeirão Chiqueiro, Praia Formosa, EBI Lém Pereira e escola de Rui Vaz, e está orçado em quatro mil contos.
“Na sequência de uma visita efectuada pela ministra da Educação chegamos a conclusão de que essas escolas realmente careciam mesmo de uma intervenção urgente e, com este protocolo, vamos ter escolas completamente de cara lavada no próximo ano lectivo”, salientou.
Afiançou, por outro lado, que a autarquia fará um “forte trabalho” de fiscalização das infra-estruturas após a sua reabilitação, no sentido de garantir a preservação e valorização das mesmas, argumentando, neste sentido, que existem escolas no país que passam pelo processo de reabilitação, mas que estão em péssimas condições devido a falta de fiscalização das entidades responsáveis.
Por seu turno, a ministra da Educação, Maritza Rosabal, afirmou que esta parceria é “muito importante” para a promoção da educação em Cabo Verde, realçando que se tem registado um interesse contínuo dos municípios que, na sua opinião, têm um “papel importante” no reforço das acções no que se refere a educação.
“Este é um trabalho que temos que continuar a fazer, reabilitar mais escolas e, sobretudo, desenvolver mais acções para a manutenção das instalações. As escolas muitas vezes se degradam rapidamente e este protocolo vai melhorar a vida dos alunos”, afirmou, apelando a um maior engajamento do ministério, da sociedade civil e das escolas, na preservação dos espaços educativos.
A governante avançou por outro lado, que, este ano, os laboratórios tecnológicos entrarão em funcionamento, um instrumento que, no seu entender, representa uma “oportunidade” para a divulgação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e o combate ao abandono escolar.
A assinatura do protocolo enquadra-se no programa de desenvolvimento das infra-estruturas do ensino básico no projecto de construção, ampliação e remodelação das infra-estruturas educativas e é financiado pelo Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Educação.
CM/CP
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