A Associação dos Municípios de Santiago recebeu “com agrado e naturalidade” o levantamento do estado de emergência na ilha, após três prorrogações, por entender que estão criadas as condições para a retoma da normalidade, “sem baixar a guarda”.

O presidente Clemente Garcia disse que já fazia sentido este levantamento anunciado no final da tarde de quinta-feira pelo Presidente da República, alegando que a terceira prorrogação foi “importante” para a criação de soluções para se conviver com o vírus, tendo em conta os equipamentos de protecção individual como máscaras.

Garcia reconhece que a “população já está mais consciencializada” com a problemática da covid-19 e que incutiram “bem” as medidas de prevenção como o distanciamento social, para aprender a conviver com o vírus, de modo a evitar que “todo o bom trabalho feito até este momento não venha a ser colocado em causa”.

“Com este levantamento a ilha vai ter grandes ganhos. Até este momento estamos a funcionar a 50 por cento das nossas capacidades. A partir da próxima semana vamos intensificar o trabalho, com a conclusão das obras estruturantes, o comércio vai começar a afluir-se e a economia passa a funcionar, de modo a recuperar o período de confinamento”, explica Garcia, que é também autarca de São Domingos.

O confinamento de uma certa forma, reconhece, levou que algumas pessoas entrassem em “stress”, com graves prejuízos, notório sobretudo junto das famílias mais vulneráveis, e dos trabalhadores informais que dependem do ganha pão diário, pelo que espera que com esta abertura deixem de depender do estado para que toda a ilha passe a ter ganhos consideráveis.

“Estão criadas as condições para a retoma económica e social. É que o País já não aguentava mais esta paralisação por mais tempo, pelo que já era praticamente unânime este levantamento, mas com todas as medidas de prevenção em prática”.

O presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, anunciou na tarde desta quinta-feira o levantamento do estado de emergência na ilha de Santiago, depois de três prorrogações, com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, a divulgar esta manhã algumas restrições, como a interdição de transportes marítimos e aéreos de passageiros com origem e destino em Santiago de entre outras restrições em relação ao resto da ilha.

 

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