A Câmara Municipal de São Domingos (CMSD) e o Centro Nacional Ortopédico e de Reeducação Funcional (CENORF) rubricaram, esta semana, um protocolo visando integrar as pessoas com deficiência na vida ativa através de ações de inclusão social.
Na ocasião, o Administrador do CENORF, Alberto Afonso, assegurou que a assinatura desse protocolo, quarta-feira, 10 de novembro, é o início de uma grande caminhada em prol do exercício da cidadania das pessoas com deficiência.
“Nós acreditamos que com esta assinatura as pessoas com deficiência ou com outras necessidades em termos de tratamento e outras situações terão melhores e maiores condições de resolverem as suas inquietações”, diz, Alberto Afonso, alertando que Cabo Verde tem pela frente muito por fazer no que tange à situação das pessoas com deficiência.
“Há muita coisa que precisa ser feita, nomeadamente a questão da sensibilização, da formação e da capacitação em várias áreas relativas às pessoas com deficiência. Quando falamos da formação estamos a referir à família e à própria pessoa com deficiência, porque muitas vezes nem essa pessoa conhece os seus direitos e deveres. Ainda existem muitas famílias que vêem a pessoa com deficiência como um coitado”, salienta, o administrador da CENORF.
ACESSO AOS SERVIÇOS PÚBLICOS E NÃO SÓ
Por sua vez, o Presidente da Câmara, Isaías Varela, também destacou a importância do protocolo assinado no âmbito do qual ambas as partes comprometem-se a desenvolver projetos em prol das pessoas com deficiência.
O edil reiterou ainda que o Município vai trabalhar juntamente com as demais instituições do concelho com o intuito de criar condições para que as pessoas com necessidades especiais tenham também acesso aos serviços públicos e não só.
A autarquia tem em carteira um projeto desenvolvido em parceria com o Ministério da Família e Inclusão Social que visa criar um Centro de Dia no concelho de São Domingos para acolhimento e atendimento de crianças com vulnerabilidade especiais, nomeadamente na área de paralisia cerebral.
A Câmara Municipal de São Domingos identificou 46 pessoas com necessidades especiais que recebem assistência diária através dos cuidadores de idosos. Entre essas 46 pessoas, 16 são crianças, sendo que, desse total, 26 pessoas têm necessidades motoras e 12 têm paralisia cerebral.